“Prejuízo pouco, é prejuízo bom”, afirma especialista em consultoria financeira
Fechar as portas nem sempre pode ser um mau negócio. Análise de operação pode diagnosticar problemas prematuramente e resolver danos maiores
Se o capitão do Titanic tivesse considerado a presença de um iceberg e de que o bloco de gelo poderia destruir a lendária viagem, causando muito mais do que prejuízo no casco do navio, a rota seria outra e o final, heroico. A gestão de algumas empresas pode ser comparada com a trágica história da embarcação: se os riscos não forem diagnósticos com antecedência ou, se negligenciados, naufrágios – falências, em linguagem contemporânea – também são possíveis.
“Muitas vezes o empresário não enxerga se seu financeiro tem lucro ou prejuízo, mas, quando faz uma análise de sua operação, descobre que está com sua empresa no vermelho. Ocorre que quanto mais insiste em permanecer do mesmo jeito, sem nenhuma ação diferenciada, o prejuízo aumenta e ele nem se dá conta”, afirma a consultora empresarial, Sirlene Rosa.
Dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) mostram que de cada 10 empresas criadas, cinco quebram antes de completar dois anos. Assim, entender que um negócio precisa mais do que boas ideias, é fundamental.
“Conseguir dinheiro para começar, conquistar clientes para ter lucro, além de um bom gerenciamento, tornam o negócio mais sustentável. É preciso ter racionalidade e contar com profissionais que ajudem a enxergar o que é preciso mudar, quais estratégias estão dando certo e quais precisam ser descartadas”, pontua Sirlene, cuja expertise acumula 20 anos em gestão contábil e na controladoria. Sirlene, desde 2020, é sócia da Verc, escritório localizado na região metropolitana de Curitiba, capital do Paraná.
Quanto mais cedo, melhor
Para que o empresário não caia na estatística de falência indicada pelo Sebrae e outros estudos do segmento, análises periódicas feitas por profissionais da área de contabilidade, pode ser prudente. Embora possa parecer doloroso, fechar as portas e começar um novo empreendimento, pode ser melhor para o empresário que, precocemente, diagnosticou prejuízo. Saber a hora de desapegar é fundamental.
“Afinal, prejuízo pouco, é prejuízo bom”, afirma Sirlene, enfatizando que quanto mais anterior for a detecção de problemas na saúde financeira, mais sucesso terá o “tratamento”.
“Um empresário que tenha uma consultoria desde o começo da empresa pode, ou mudar a estratégia do que ele estava vendendo ou até mesmo encerrar a empresa. O importante é resolver quanto antes, para evitar prejuízos maiores”, sublinha. Outras orientações incluem ter uma gestão sintonizada com as tendências de mercado, para que a direção do negócio seja mais consistente.
Atuando como consultora, Sirlene vem ajudando empresários dos mais amplos setores não apenas a encontrarem seus ralos financeiros, mas também a estancarem o que é preciso. Em média, o trabalho junto ao cliente dura um ano, com visitas semanais e muita mão na massa. A consultoria, garante a profissional, pode ser aplicada em qualquer momento da empresa: antes da abertura do CNPJ, durante a jornada ou em momentos de crise, ou mudanças, afirma a profissional.
“O trabalho é constante e em conjunto. A consultoria não faz milagres se for sozinha. Para ocorrer o sucesso, é fundamental que todos da empresa, do gestor ao colaborador, trabalhem unidos, focados no desenvolvimento de ações efetivas”, incentiva.
MAIS INFORMAÇÕES
Para saber mais: @sirlenerosaconsultora
Na Foto: Sirlene Rosa
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