Como a inteligência artificial e a biometria facial podem ajudar a prevenir fraudes?
Foto: Freepik
Pergunta foi tema de uma masterclass realizado pelo Serpro no Web Summit Rio
Na última semana, uma palestra com especialistas do Serpro trouxe toda a experiência da empresa pública de TI do governo em assuntos como biometria e inteligência artifical. Uma “masterclass” realizada no Web Summit no Rio de Janeiro ensinou as pessoas a se protegerem de fraudes como a deepfake, uma tecnologia que usa inteligência artificial (IA) para criar ou falsificar vídeos e áudios
“Ataques de apresentação são qualquer tentativa de contornar sistemas apresentando imagens faciais falsas. Uma das formas de evitar esses fraudes é o liveness, tecnologia que determina se a pessoa que aparece ndispositivo está de fato “live” (ao vivo) e serve para impedir que fraudadores utilizem imagens estáticas ou outros métodos, como deepfake, para driblar o reconhecimento facial”, explicou Sebastião Fonseca, da Regional do Serpro em Belém, que trabalha em uma divisão epecializada em soluções de visão computacional e biometria.
IA contra IA
Segundo Sebastião, à medida que os fraudadores desenvolvem novas técnicas para enganar sistemas de reconhecimento facial usando inteligência artificial, a mesma tecnologia já está sendo aprimorada para fortalecer a segurança dos usuários. Assim, a IA será utilizada para combater o mau uso da própria IA.
Dessa forma, uma ferramenta indicada para combater o deeptake seria o liveness, tanto em sua versão ativa quanto o passiva. O ativo seria aquele em que o usuário precisa executar uma ação, como sorrir, mexer a cabeça, os olhos, piscar, etc. Já o passivo não exige qualquer interação, a não ser colocar o rosto em um local indicado. “A rede neural tem uma base de dados de imagens reais e de imagens fake. Simplificando, há uma série de processos e transformações que são feitas com essas imagens e é criada uma arquitetura de várias camadas, até chegar na saída, que pode ser de dois tipos: real ou fake. E, a partir daí, você consegue gerar um modelo de IA e aprimorar tanto o liveness ativo quanto o passivo”, relatou.
Deepfakes podem ser utilizadas em uma fraude conhecida como “replay attack”, que é aquela em que se intercepta uma transmissão de dados válida, que acaba sendo repetida de forma maliciosa. Ma com recursos de IA é possível, por exemplo, detectar o reflexo de uma tela e descobrir que alguém está tentando burlar o sistema usando imagens a partir de um tablet, smartphone, ou até mesmo de uma foto impressa.
O Web Summit Rio aconteceu entre os dias 15 e 18 de abril. O evento atraiu quase 35 mil pessoas ao dia. Ao todo, 102 países estiveram representados e, segundo a prefeitura da capital carioca, os acordos de cooperação assinados durante evento devem gerar cerca de R$ 1 bilhão (US$ 200 milhões) em negócios para a cidade.
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