Nova tecnologia ajuda a frear desperdício em indústrias, que chega a R$ 500 bilhões no Brasil

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Desenvolvida pela COGTIVE, solução ajuda a aumentar a produtividade e lucros identificando a capacidade oculta nas indústrias. A startup só cresce e neste ano já faturou R$ 5 milhões com a solução

A expressão “elefante branco” se refere a algo valioso, que custou muito dinheiro, mas que na prática não é muito utilizado. O que muitas empresas e indústrias não sabem é que elas estão cheias de elefantes brancos em suas plantas, e pior, perdendo dinheiro e capacidade de produção.

Isso porque, especialmente com a indústria 4.0, os processos se tornaram ainda mais eficazes e capazes de entregar em escala muito maior, sem a necessidade de investimento em ativos. Porém, apesar das inovações, existe uma capacidade oculta presente na linha de produção que ainda não é explorada pela maioria das empresas e que passa despercebida aos olhos dos líderes industriais.

Foi com foco nessa demanda que surgiu, em 2017, a COGTIVE, startup sediada no CUBO, o principal hub de inovação do Brasil, com o objetivo de desenvolver, a partir de tecnologias disruptivas, como Inteligência Artificial e IoTs (Internet das Coisas) soluções que identificam o potencial oculto nos chãos de fábricas e oferecem informações para que a indústria funcione na sua forma ótima, potencializando a produtividade, não apenas as máquinas, mas toda a operação em si.

Estudos no mercado brasileiro, realizados pela COGTIVE, indicam que, em média, as indústrias possuem 30% de capacidade produtiva desconhecida, devido a paradas de linha, baixa performance dos ativos e má distribuição da mão de obra, o que corresponde a mais de R$ 500 bilhões na manufatura brasileira.

Caso o potencial oculto das fábricas fosse explorado, teríamos um acréscimo de 5,6% no PIB brasileiro. Isso significaria um grande impacto na economia, gerando mais ofertas de trabalho, renda e aquecimento de investimentos vindos do exterior.

“A transformação digital deixa de ser um diferencial e passa a ser obrigatória para a sobrevivência de negócios que envolvem manufatura. Por esta razão, tecnologias disruptivas ajudam indústrias a aumentar a eficiência em uma planta fabril, antes de investirem em mais unidades e mais linhas produtivas”, explica Reginaldo Rodrigues, criador e CEO da COGTIVE.

Reginaldo Rodrigues, criador e CEO da COGTIVE

Crescimento 

Ainda que a empresa possua quase 5 anos, a máquina comercial começou a operar há apenas 2 anos, sendo bootstrap desde então. Em 2021, o faturamento da startup chegou a R$ 2,5 milhões, atingindo R$ 5 milhões em 2022, com a perspectiva de alcançar R$ 10 milhões de faturamento, sem fundraising.

E isso pode ser observado com as conquistas de 2022. A COGTIVE ficou em primeiro lugar no LTNtech pitch, da 1871, uma das principais aceleradoras do Estados Unidos, além de alcançar o 100 Open Startups pelo terceiro ano consecutivo na categoria Top 10 IndTechs, e pela primeira vez na categoria principal. Também foi o ano em que conquistaram o primeiro contrato internacional, com a abertura do primeiro escritório no exterior, em Chicago, além de outras premiações e metas alcançadas. “Agora, em novembro, estivemos em Chicago para oficializar a abertura do nosso escritório no principal hub de inovação dos Estados Unidos, a 1871, e ao longo de 2023 expandiremos para a Europa e MENA, sendo que nesta última já temos como cliente uma das principais produtoras em medicamentos genéricos da região”, ressalta o CEO.

E para 2023, a COGTIVE promete mais avanços. Está previsto o lançamento da inteligência artificial TÆLOR, que, por meio de um comportamento proativo, buscará por oportunidades no chão de fábrica e trará insights aos líderes industriais, para resolver problemas antes que eles se tornem relevantes. E esse lançamento está alinhado com as necessidades do mercado exterior, seguindo com o processo de internacionalização já iniciado pela empresa.

Com vários clientes em diversos segmentos da indústria de manufatura, a COGTIVE tem forte carteira no ramo farmacêutico, mas tem expandido clientes para outros setores, como o químico, saúde animal, cosméticos e automotivo. Para o automotivo, por exemplo, foi desenvolvida recentemente uma coleta de dados no touch, pautada em câmeras e reconhecimento de imagem, de acordo com as especificidades e distinções que uma oficina possui em relação ao chão de fábrica. 

“Todas essas conquistas confirmam o trabalho que estamos fazendo em transformar a produtividade na manufatura, sendo uma solução que impacta não apenas indústrias, mas o mercado como um todo, por isso, continuaremos com nosso foco único em explorar o potencial oculto do chão de fábrica”, celebra Reginaldo Rodrigues.

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@priscampos_rj

Editora-chefe e Jornalista Niterói News
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