O 5G pode transformar definitivamente a maneira de estudar
*por Marcos Ferrari
Quando candidatos políticos apresentam seus planos para o futuro do Brasil, invariavelmente discorrem sobre o setor historicamente considerado como a principal alavanca para o desenvolvimento humano e econômico. Não é por menos. A Educação no Brasil ainda não pode ser considerada uma referência mundial. O país ocupa hoje a 54ª posição entre os 65 países avaliados pelo PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos, realizado pela OCDE).
Ainda assim, é possível encontrar diversos exemplos de sucesso, sobretudo instituições que procuram se manter atualizadas, adotando práticas modernas de gestão e também dentro da sala de aula. Pois o conceito de modernidade está ganhando contornos cada vez mais abrangentes no mercado brasileiro.
O primeiro ponto a se destacar é a necessidade de os municípios atualizarem suas legislações de antenas. A nova geração de transmissão de dados requer uma maior quantidade dessa infraestrutura e a praticidade para sua implantação é fundamental para uma boa conectividade.
Os casos de uso são inúmeros. Um deles é o uso das realidades aumentada e virtual nas salas de aula, capazes de simular com perfeição uma visita ao Louvre em uma aula de história da arte. Estudantes de ciências biológicas poderão estudar os órgãos humanos com grande precisão. É possível prever uma enorme gama de possibilidades por meio da Internet das Coisas, incluído a robótica.
São avanços que estimulam experiências imersivas e interativas em uma intensidade sem precedentes. Novos métodos capazes de aguçar aspectos sensoriais e estimular o desenvolvimento de habilidades condizentes com um novo mundo multiconectado. Os avanços também serão notados nas atividades de ensino à distância, que contarão com uma rede muito mais estável e veloz. Trata-se de um caminho para potencializar e democratizar o acesso à educação.
Importante notar que a efetividade da transformação no setor passa necessariamente por um novo programa estruturado de educação, que vá muito além de simplesmente levar internet para as escolas e universidades. É preciso que os professores, os métodos didáticos, as instalações físicas, entre tantos outros componentes, estejam aptos e qualificados para fazer o melhor uso da tecnologia. Importante também haver investimentos em pesquisa e desenvolvimento das novas soluções habilitadas pela recém-chegada tecnologia.
A história do 5G na educação está prestes a começar e as possibilidades são inimagináveis. Em breve, poderemos afirmar que estudar nunca foi tão tecnológico e entusiasmante.
*Marcos Ferrari é presidente-executivo da Conexis Brasil Digital
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