Getulinho completa 10 anos de sua reabertura com mais de 550 mil atendimentos

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Foto: Bruno Eduardo Alves

Hospital é referência em atendimento pediátrico na região metropolitana do estado

Nesta terça-feira (3), o Hospital Municipal Getúlio Vargas Filho, ou Getulinho, como é carinhosamente conhecido, completou 10 anos de sua reabertura. Desde então, já atendeu mais de 550 mil casos de emergências, 16 mil internações, 4 mil cirurgias e 130 mil consultas eletivas. De acordo com a Prefeitura de Niterói, os números apontam uma tendência de crescimento da média de atendimentos anuais, que em 2013 era de 4 mil, e em 2022 pulou para cerca de 6 mil.

O prefeito de Niterói, Axel Grael, comemora a data.

“Reabrir o Getulinho foi um momento muito emocionante. Na época, eu era vice-prefeito e acompanho o crescimento desta unidade desde então. Com a reabertura da emergência e reforma do local, os atendimentos cresceram muito. Estamos muito felizes com os resultados que alcançamos e com a diferença do hospital hoje para o que era há 10 anos. A cada ano, conseguimos uma nova vitória para o Getulinho”, declara o prefeito, que ressalta que, em 2023, o Hospital passará por novas reformas, com investimentos de R$ 7 milhões, que fazem parte do Plano Niterói 450 anos.

De acordo com o secretário municipal de Saúde, Rodrigo Oliveira, que foi diretor do hospital entre 2017 e 2019, este aniversário do Getulinho é motivo de muito orgulho.

“Tenho muita alegria de ter sido diretor do hospital e ter compartilhado com sua equipe muito dedicada, que preza por um atendimento de qualidade e que sempre cuida das nossas crianças com carinho”, disse.

Referência em atendimento de pediatria, o Getulinho funciona 24 horas por dia, 7 dias na semana, na emergência desde 2013. O hospital realiza por mês cerca de 6 mil atendimentos na emergência, 2 mil consultas especializadas e uma média de 180 internações. Conta com ambulatório de especialidades ofertando consultas para alergia, cardiologia, cirurgia geral, cirurgia plástica, endocrinologia, ambulatório de seguimento para pacientes pós internação, hematologia, incluindo atendimento à doença falciforme, nefrologia, neurologia, nutrição, nutrologia, odontologia, ortopedia, otorrinolaringologia, pediatria T21 – especializado em crianças com Síndrome de Down, e pneumologia.

A guia turística Denise Peçanha tem uma história com o Getulinho. Ela conta que o hospital se tornou uma segunda casa durante o tratamento do filho mais velho, João Vitor, que hoje tem 21 anos. Ela retornou à unidade há pouco tempo, com o filho mais novo.


“No dia do Natal, meu filho mais novo, Francisco Gustavo, de 9 anos, estava todo empolado no braço. Então, levei ele duas vezes à UPA, ele foi medicado e ele não melhorava. Aí resolvi vir com ele ao Getulinho. Quando cheguei aqui no último domingo (1º), me explicaram que ele seria internado, pois o quadro já tinha virado uma infecção. Aí você vê a diferença no atendimento! Sempre tive confiança no Getulinho, por tudo o que vivi aqui. O atendimento é ótimo. Niterói sem o Getulinho não é Niterói. Isso aqui é uma referência da cidade”, destaca.  

A dona de casa Jussara Rosa, mãe de Gael Benício, de 1 ano e 7 meses, concorda.
“Eu trago meu filho Gael aqui desde que ele nasceu. Eu já tive que interná-lo aqui por 28 dias em fevereiro. Ele teve crise asmática e pneumonia. Tive que retornar em setembro e outubro novamente. Desde a primeira internação ele tem sido assistido aqui, inclusive pela neurologista, pneumologista e pediatra, no ambulatório. Já teve Covid e se tratou aqui… Esses médicos têm sido maravilhosos”, afirma. 

Estrutura – O Getulinho possui 51 leitos distribuídos em unidades de internação clínica e cirúrgica e de terapia intensiva, além dos 10 leitos de observação. Sua estrutura também conta com Centro Cirúrgico, que possui toda a estrutura necessária para a realização de cirurgias pediátricas. Atualmente realiza procedimentos nas especialidades de otorrinolaringologia, ortopedia, plástica e geral com mais de 19 tipos diferentes tipos de cirurgias eletivas.

Os médicos especialistas que fazem o ambulatório, também são responsáveis pelo parecer dos pacientes internados na unidade. O hospital, além de realizar exames e procedimentos de apoio diagnóstico para pacientes internados, também oferece exames diagnósticos para a Rede de Atenção à Saúde (RAS), como ecocardiograma, radiologia, ultrassonografia, eletrocardiograma e eletroencefalograma.

A equipe é multiprofissional, composta por médicos pediatras, intensivistas e especialistas, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, assistentes sociais, psicólogos, nutricionistas, farmacêuticos, técnicos de aparelho gessado e de radiologia, lactaristas, além da equipe de apoio administrativo, ouvidoria, engenharia clínica, manutenção predial e serviços gerais.

Além das especialidades médicas, a unidade oferece também o serviço de Pedagogia Hospitalar – profissionais que desenvolvem ações educacionais com crianças e adolescentes internados, além de grupos de voluntários e de “Contadores de Histórias”.

O Getulinho hoje representa importante campo de formação profissional para nível técnico, de graduação e pós-graduação. Exemplo dessa parceria são os cursos de medicina e enfermagem da UFF, pós-graduação em medicina pediátrica da PUC-Rio. Também participa de pesquisas locais e nacionais importantes na sua área de atuação.

Histórico – O Getulinho foi inaugurado em 29 de setembro de 1954 e, de acordo com registro histórico, o hospital surgiu como o primeiro local especializado em atendimento pediátrico no Estado do Rio de Janeiro, seguindo até hoje como referência na especialidade. O Getulinho foi idealizado por Alzira Vargas e foi batizado em homenagem ao filho do ex-presidente do Brasil, Getúlio Vargas, que faleceu ainda jovem, aos 23 anos de idade, devido à paralisia infantil.

O Hospital foi municipalizado em 1992. Apesar de ser o único hospital especializado em atendimento pediátrico para Niterói, São Gonçalo e adjacências, teve a emergência fechada em 2011 por falta de condições de funcionamento. Em 2013, depois de dois anos parada, a emergência do Getulinho foi reaberta pela Prefeitura. 

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