Agência do Banco Comunitário Arariboia em Itaipu é inaugurado

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Moeda Social Arariboia é um programa de transferência de renda que beneficia mais de 31 mil famílias em vulnerabilidade social

A população de Niterói ganha mais um Banco Comunitário na cidade. Nesta terça-feira (15), a Prefeitura de Niterói inaugurou a agência de Itaipu que vai atender a Região Oceânica. O Banco Comunitário Arariboia administra a Moeda Social é um programa de transferência de renda fixa que beneficia mais de 31 mil famílias em vulnerabilidade social. O programa é coordenado pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Economia Solidária (SMASES). O objetivo de implantar uma agência na Casa da Economia Solidária em Itaipu é realizar um trabalho com os pescadores locais e alavancar a economia local.

Esta é a segunda agência implantada. A primeira foi inaugurada na Vila Ipiranga, em junho de 2021. O projeto prevê a instalação de mais sete agências em todas as áreas da cidade. Segundo o prefeito de Niterói, Axel Grael, a Moeda Arariboia não é apenas uma forma de transferir renda, é uma forma de fomentar a economia solidária em Niterói

“A nova unidade vai organizar e cadastrar pequenos produtores, empreendimentos de economia solidária e comerciantes para que a Moeda Social Arariboia seja usada como moeda local circulante, aquecendo e movimentando a economia. Além disso, vai oferecer oficinas de planejamento financeiro e finanças solidárias. Também anunciei hoje o Arariboia Cred, com nanocréditos de até 3 mil reais para estabelecimentos de Economia Solidária da região. Ter uma agência em Itaipu, na Região Oceânica, é muito simbólico. É a síntese do que eu acredito, como caminho das políticas públicas e, também, a grande vocação da nossa cidade”, afirmou o prefeito.

A Moeda Social Arariboia já injetou, desde janeiro, R$ 12,8 milhões na economia da cidade com 197 mil transações em mais de 3 mil estabelecimentos. O programa beneficia mais de 100 mil pessoas em situação de vulnerabilidade social, além dos 6.342 comerciantes cadastrados que estão aptos a receber na moeda.  Na região onde a nova agência bancária está sendo implantada, mais de três mil pessoas recebem o benefício da Moeda Social Arariboia. O secretário de Assistência Social e Economia Solidária, Elton Teixeira, explicou sobre a importância de Itaipu ter recebido a agência.

“Acredito que não tenha nenhuma região, nenhum bairro em Niterói, em que a economia solidária pulse tanto quanto aqui em Itaipu. Temos um verdadeiro ecossistema de finanças de economias solidárias, com um movimento enraizado, com feira, colônia de pescadores e um centro de referência de economia solidária. A nossa agência do Banco Arariboia vai ser muito importante para a comunidade, no sentido de ajudar a estimular novos negócios e potencializar outros e principalmente construir outro modelo de economia que a gente possa ter menos desigualdade e um mundo melhor para todos”, afirmou o secretário Elton Teixeira.

O investimento feito pela Prefeitura de Niterói no programa também se reflete na geração de renda por meio da economia solidária, fomentando o comércio local comunitário em segmentos de alimentação, beleza, vestuário, mercearia, obras, transporte e outros. Segundo o coordenador de Economia Solidária, Maicon Carlos, alguns feirantes que expõem no Circuito Arariboia já se cadastraram para receber a nova moeda.

“Estamos realizando um trabalho com o comércio local. Já introduzimos os pescadores para receber em Moeda Arariboia e credenciamos mais de 30 pessoas que trabalham no Circuito Arariboia, na Feira de Itaipu, que estão aptas a receber na moeda social”, disse.

Para Bianca Valles, coordenadora da Agência de Itaipu, Niterói deu um grande passo com a inauguração de mais uma agência.

“Niterói é ponta de lança quando falamos de desenvolvimento econômico. Com a criação do espaço, a gente só tende a crescer mais e pra gente conseguir alcançar o máximo possível de pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade e que todos possam ter dignidade”, afirmou.

A Moeda Social Arariboia é uma iniciativa da Prefeitura de Niterói para a retomada econômica da cidade. O investimento municipal tem como objetivo auxiliar as famílias que precisam de ajuda financeira e também os comerciantes cadastrados. A ideia é que a Arariboia seja usada como moeda local circulante, para aquecer e movimentar a economia nas comunidades. O benefício oferece um valor mensal que pode chegar a R$ 700,00 para famílias composta por seis integrantes.

O novo benefício faz parte do Programa Municipal de Economia Solidária, Combate à Pobreza e Desenvolvimento Econômico e Social de Niterói, instituído pela Lei Nº 3621, que tem como objetivos principais combater as desigualdades sociais, fomentar o desenvolvimento econômico e social das comunidades e estabelecer meios para atingir a erradicação da pobreza e a geração de emprego e renda para as camadas mais carentes do município, complementando a Política Municipal de Economia Popular Solidária. As famílias contempladas no programa foram selecionadas através do recorte de renda, na faixa de pobreza e extrema pobreza, conforme as regras do Programa Bolsa Família, do Governo Federal.

O comerciante que tiver interesse em se cadastrar e passar aceitar Arariboia pode procurar o Centro de Referência Social (Cras) mais próximo de seu estabelecimento ou entrar em contato com a Central de Atendimento do Banco Arariboia pelo número 85-3269-9617 que também funciona como whatsApp.

Banco Comunitário – O Banco Comunitário Arariboia é administrado pelo Instituto E-dinheiro, conforme termo de colaboração publicado em 18 de setembro de 2020 no Diário Oficial do Município. O E-dinheiro é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) que funciona como uma fintech, trazendo soluções financeiras e bancárias e é a entidade gestora do Banco Palmas, o banco comunitário de Fortaleza, além de gerir 48 bancos comunitários digitais associados em 17 estados do Brasil. O objetivo da fintech é proporcionar o desenvolvimento econômico e social de bairros e municípios, capacitando, formando e implantando instrumentos de Finanças Sociais, Economia Criativa, Economia Solidária e do desenvolvimento sustentável, facilitando o processo de geração e distribuição de trabalho, ocupação e renda, tendo como estratégia o desenvolvimento local.

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